quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Monografia

Lembro até hoje do cheiro do primeiro dia de faculdade. Tudo era novo, novas pessoas, novos programas, novos estudos...
Eram 45 alunos, em sua maioria jovens, borbulhando de animação e vontade de conhecer aquele novo mundo, o tal que se escuta dês do primário, aquele que se vê em filmes de universitários, com festas, repleto de loucuras.
Todos falando ao mesmo tempo, querendo se conhecer, se tocar. Cena normal para uma turma de primeiro período, ainda mais normal para uma turma de Comunicação. Um grupo com muito brilho, muita personalidade, com sede de mudanças.
Chegamos e causamos, aparecemos, gritamos. Fomos escutados algumas vezes, outras não. Há pouco tempo atrás um antigo professor que nos acompanha até hoje, me disse que o que ele mais sente falta em nossa turma é aquele espírito de revolução, de garra. Nós éramos absurdamente unidos, e tínhamos em comum, além da paixão pela Comunicação Social, a vontade de viver aquilo tudo.
Qualquer cinco minutos de intervalo era oportunidade para bar, sinuca e fumaça. Qualquer situação era motivo para comemoração, para festa, churrasco. Era tudo tão animador, e as fotos, hoje guardadas, mostram o quanto estávamos entusiasmados com aquela nova realidade.
Hoje, quatro anos depois, eu me vejo em uma situação que parecia tão distante no primeiro período, a tão temida monografia. Algumas pessoas passam por dificuldades para escolher qual curso fazer na faculdade, eu não passei por essa tortura, dês de que me entendo por gente sei que minha paixão é o jornalismo. Acho que essa dificuldade que não passei, chegou agora em triplo na escolha do tema da monografia. Na boa, não faço a mínima ideia do que escrever, pra falar a verdade até sei, mas são inúmeras ideias e dúvidas que nem sei por onde começar. Só espero não virar mais uma daquelas quase formadas, chatas e desesperadas que só sabem falar desse assunto. Tá ok, parei por hoje.

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