Decifra-me ou devoro-te

Só tú

"De todas que me beijaram,
De todas que me abraçaram,
Já não me lembro, nem sei
São tantas as que me amaram
São tantas as que eu amei
Mas tu que rude contraste
Tu que jamais me beijaste
Tu que jamais abracei
Só tú nesta alma ficaste
De todas as que eu amei!"

Escutei esse verso pela primeira vez a nove anos atrás, mas não imaginava o sentido que faria para mim um dia. Sinceramente nunca acreditei muito em relações virtuais, mas dessa vez foi diferente... Não digo que ele era melhor, nem pior que as outras pessoas, mas era no mínimo o mais inusitado que já conheci!

Uma máquina inteligente incapaz de amar? Um palhaço escondido atrás da pintura? Ou um apaixonado poeta, anônimo? Uma incógta, um gigante ponto de interrogação...

"Decifra-me ou devoro-te", assim como uma Esfinge, não consigo o decifrar... Ele já me devorou!

Complicado explicar o sentimento que se envolve através de uma tela, a vontade é de tentar descobrir o que me une a você, indo contra a esses 2805 km de distância.