
Aquelas pessoas pareciam desconhecidas, estranhas talvez. Traziam com elas um mundo diferente, uma outra realidade. Tudo claramente visto em detalhes como a maneira de se vestir, falar e abordar. E assim como tudo que parece ser muito distante, aquela interação trazia consigo o medo, o receio do novo. Foi assim que a maioria dos moradores da comunidade Jardim Boa Esperança, São Gonçalo, nos viram. Com um misto de medo e curiosidade.
Esse foi o fato que nos chamou mais atenção. Quando pensamos no tema “Periferia” para fotografar, nos vimos em um grande dilema: Como mostrar esse universo sem nos expor a violência, a criminalidade e a tudo aquilo de ruim que ouvimos falar sobre as favelas? Optamos então, por uma comunidade carente que ainda não foi dominada pelo poder do tráfico, porém, mesmo assim nossa mente tomada pelo senso comum não abdicou do medo.
Ao chegar ao local fomos perceber que éramos vistas da mesma maneira, muitos mostravam aversão a nossa presença, esquivando-se de uma aproximação. Mesmo quando deixávamos bem claro que fazíamos um simples trabalho para a faculdade e garantindo que as fotografias feitas não seriam publicadas em nenhum veículo de comunicação, os moradores tentavam de todas as maneiras fugir daquela situação, horas mentindo ao dizer que não moravam ali, horas se negando, dizendo apenas que não queriam participar. Acredito que o motivo que fez algumas daquelas pessoas aceitarem ser fotografados, veio ao fato de recebermos a ajuda de duas moradoras do local, Gabriela de cinco anos e Eduarda de oito anos. As duas irmãs foram nosso grande auxílio para concretizarmos esse trabalho. Além de nos guiarem naquela tarde quente de quase 40 graus, elas também passaram segurança para que os habitantes aceitassem a participação nas fotos. Muito simpáticas e falantes, elas nos levaram a casas de parentes e amigos, falaram um pouco sobre a vida de cada um, e transbordavam alegria a cada “click” feito em suas direções.
Com o sentimento de que alcançamos nosso objetivo, trouxemos de lá uma grande experiência, com algumas histórias para contar, e livre de alguns medos. Afinal, o medo é o melhor amigo do preconceito.
Esse foi o fato que nos chamou mais atenção. Quando pensamos no tema “Periferia” para fotografar, nos vimos em um grande dilema: Como mostrar esse universo sem nos expor a violência, a criminalidade e a tudo aquilo de ruim que ouvimos falar sobre as favelas? Optamos então, por uma comunidade carente que ainda não foi dominada pelo poder do tráfico, porém, mesmo assim nossa mente tomada pelo senso comum não abdicou do medo.
Ao chegar ao local fomos perceber que éramos vistas da mesma maneira, muitos mostravam aversão a nossa presença, esquivando-se de uma aproximação. Mesmo quando deixávamos bem claro que fazíamos um simples trabalho para a faculdade e garantindo que as fotografias feitas não seriam publicadas em nenhum veículo de comunicação, os moradores tentavam de todas as maneiras fugir daquela situação, horas mentindo ao dizer que não moravam ali, horas se negando, dizendo apenas que não queriam participar. Acredito que o motivo que fez algumas daquelas pessoas aceitarem ser fotografados, veio ao fato de recebermos a ajuda de duas moradoras do local, Gabriela de cinco anos e Eduarda de oito anos. As duas irmãs foram nosso grande auxílio para concretizarmos esse trabalho. Além de nos guiarem naquela tarde quente de quase 40 graus, elas também passaram segurança para que os habitantes aceitassem a participação nas fotos. Muito simpáticas e falantes, elas nos levaram a casas de parentes e amigos, falaram um pouco sobre a vida de cada um, e transbordavam alegria a cada “click” feito em suas direções.
Com o sentimento de que alcançamos nosso objetivo, trouxemos de lá uma grande experiência, com algumas histórias para contar, e livre de alguns medos. Afinal, o medo é o melhor amigo do preconceito.
Trabalho de fotojornalismo*
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