quinta-feira, 4 de setembro de 2008

A morte precoce é a maior das injustiças

Hoje ao vim para o trabalho, pensei em uma postagem bem interessante para por aqui, mas durante o início da tarde recebi um telefonema que mudou completamente meus planos... Uma grande amiga da minha irmã faleceu durante a madrugada... mas como assim? Ela só tinha 19 anos! De que maneira é permitida a morte de uma menina tão jovem? Cheia de planos, cheia de sonhos... Deixando uma faculdade de direito pela metade, deixando a festa do fim de semana que estava marcada, deixando família, amigos, namorado. Mas porquê? Sempre tive enorme dificuldade em aceitar a morte de pessoas jovens, só de pensar sinto um aperto gigantesco no peito! Não acho justo que ela não tenha tido tempo de ter filhos, de conquistar seus objetivos, e de fazer coisas simples que vão ficar em espera, como responder aquele scrap no orkut, terminar de comer aquele doce gostoso que estava na geladeira... Nunca fomos amigas, mas sempre conversávamos, ela fazia faculdade na mesma universidade que eu e sempre nos esbarrávamos em festas e baladas. Ela era diferente, eu sempre falei isso. Não era beleza, nem perfeição, era alguma coisa, algum detalhe que fazia dela única! Era meio louca, engraçada, impulsiva, daquelas que fazem amizade com todo mudo. Mas acima de tudo, ela era intensa! Daquelas que sempre tinham uma história de experiêncina de vida pra contar, aos treze anos namorou com um cara que tinha o dobro de sua idade, já tinha fugido de casa, já tinha feito algumas besteiras, curtia raves, estava sempre alegre, sorrindo... E foi morrer de AVC? Não foi acidente de carro, não foi overdose, nem algum fato que poderia ocorrer em uma balada. Ela morreu de acidente vascular cerebral! Fumava demais, bebia demais, ela era um eterno exagero... Mas morrer? É muito complicado para mim entender! Estou vendo a dor que minha irmã está sentindo, e é inevítavel me perguntar: "E se fosse uma amiga minha? E se fosse eu?" É incrível perceber assim tão nitidamente que nunca sabemos o dia de amanhã. Que estamos agora conversando e podemos nem concluir o que íamos dizer, que podemos estar subindo uma escada e não chegar ao último degrau...

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Pensei muito em como terminar essa postagem...
Não sei...



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