quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Prontofalei

Sempre sonhei ser muito conhecida, mas tive medo do incerto. Pensei em psicologia, direito, nutrição, mas graças a Deus descobri o jornalismo. Ainda sonho com fleches e holofotes, mas por enquanto são só sonhos. Sempre repito que vou ser muito rica, mas seria feliz em uma comunidade hippie. Amo minha mãe mais do que qualquer coisa do mundo, mesmo que ela não saiba. Converso com Deus todos os dias, mas não sou religiosa. Já duvidei de sua existência, mas nunca deixei de sentir. Fui depressiva aos 13 anos, mas ninguém sabe. Já pensei na morte, hoje só respiro vida. Tenho sonhos, tenho medo. Chorei a dez minutos atrás, agora estou mais tranquila. Tenho personalidade forte, mas sei respeitar opiniões. Amo minhas amigas e as defendo com unhas e dentes. Morro de ciúme delas e isso me faz mal. Gosto de festa, rua, madrugada, bar, cerveja, fumaça. O barulho da vida boêmia me agrada. Mas confesso que só consigo paz quando fujo de tudo isso. Gosto de fujir as vezes, fujir de tudo que gosto, das pessoas, da minha vida. É bom ser outra pessoa por alguns instantes. Gosto de praia, da maresia, do vento, do sol. Sou do sol. Minto muito bem, mas procuro não fazer isso. Muitas dessas mentiras viraram verdades. Sou virginiana, perfeccionista e crítica, mas também sou espontânea, intensa e sincera. Quando amo, gosto de me entregar, não nasci para ser 50%. Isso me incomoda. Se não posso me doar por inteira, não dou um início. Gosto de ter alguém, mas tenho medo dos finais. Sofri em finais, mas gosto dessa dor. Seria capaz de sofrer, para preservar minha irmã, mas ela não pode saber disso também. Existe muito de mim que poucos sabem, ou preferem não enxergar. Sou capaz de amar mais de uma pessoa, mas não de ser amada pelos mesmos. Me dói a ideia de fazer alguém sofrer, mas acredito que sou forte para guardar essa dor pra mim. Não frequento festas de família e sou muito cobrada por isso. falo sozinha a todo momento, mas finjo que estou cantando quando alguém percebe. Xingo quando estou feliz e quando estou chateada. Xingar me faz bem. Chorar me faz bem. Queria voar, mas tenho medo de altura. Queria surfar, mas tenho medo do mar. Não valia muita coisa aos 17, mas meus pais não sabem. Mudei muito, mas não me arrependo de tudo que fiz. Aos 14 era amiga dos nerds, dos rockeios e dos hippies e das patys. Procurei uma identidade. Gosto de filme de terror, mas nunca consigo dormir depois. Tenho medo de tanta coisa. Tenho espírito de liderança e costumo fazer amigos com facilidade. Pra mim todo mundo é legal até que se prove ao contrário. Não gosto de julgamentos, nem preconceitos. Mas quando o santo não bate, algo de errado tem. Tenho imã para homens que não prestam, e os que são muito certinhos dificilmente me agradam. Gosto de pizza, chocolate e Jiló. Acho que só não gosto de quiabo, mas como mesmo assim. Não bebo refrigerante, mas se tiver álcool posso provar.

As vezes é bom sair escrevendo sem pensar muito, mas já é tarde e preciso dormir.

2 comentários:

Haha disse...

Eu tambem achava que gostava de homens errados, até que casei com o mais certinho de todos os homens haha

Mariza Fernandes disse...

Essas confusões acabam fazendo mais sentido quando a gente põe no papel. Ou no blog...rs
Também fui depressiva aos 13 anos e ninguém sabe!